Depois de ler essa matéria publicada em 1998, pelo jornal A Notícia, do Estado de Santa Catarina onde a bióloga Patrícia Blauth desmistifica a importância da reciclagem, tenho certeza que você fará uma análise sobre a sua prática ambiental em relação ao seu lixo produzido diariamente.
Resistir não é fácil. As facilidades do descartável e a tentação do consumo acabam incentivando um desperdício em escala alarmante
Reduzir, reutilizar, reciclar. Os princípios básicos para a minimização do lixo produzido nos meios urbanos começaram a ser difundidos no Brasil após a conferência mundial sobre meio ambiente realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) no Rio de Janeiro, em 1992. Ao contrário do que pode parecer, a mera utilização de materiais recicláveis não é uma "atitude ecológica" - uma embalagem de biscoitos, por exemplo, só é realmente reciclável se for encaminhada para a coleta seletiva e se houver tecnologia disponível para fazer o processamento. Por isso, a solução para o lixo urbano passa pelo princípio dos três Rs: reduzir o consumo e o desperdício, reutilizar os materiais e, por fim, reciclar.
Evitar a produção do lixo é mais ecológico do que reciclá-lo. A analogia é da bióloga Patricia Blauth, educadora ambiental do programa USP Recicla - que desenvolve atividades na área em diversos setores da Universidade de São Paulo (USP). "O programa questiona a apologia da reciclagem como solução para os males do consumismo contemporâneo", detalha Patricia. "Esse processo, quando desvinculado das noções de redução e de reutilização, pode servir para legitimar o desperdício", acrescenta.
Com o advento das embalagens descartáveis, como garrafas de refrigerante feitas com PET ou cervejas one-way, o consumo desse tipo de material passou a ser associado à praticidade e à higiene. Entretanto, países como a Inglaterra e a Dinamarca, além de outros ao Norte da Europa, voltam a adotar os recipientes retornáveis. "No Brasil as embalagens retornáveis sumiram das prateleiras dos supermercados. Os plásticos em geral costumam encalhar na reciclagem", afirma a educadora ambiental. Isso se deve principalmente à dificuldade na separação dos diversos tipos de plástico, o que dificulta que uma garrafa seja reciclada e se torne novamente uma garrafa. "A produção de novas garrafas continua dependendo da exploração de matéria-prima virgem", alerta. "Se podemos chamar alguma embalagem de 'ecológica', é a garrafa retornável, que pode ser usada várias vezes."
Patricia Blauth critica também o "terrorismo sanitário" dos dias atuais, que considera mais higiênico tudo que é descartável. "Essa idéia é falsa", enfatiza. No início da implantação do USP Recicla, em 1994, concluiu-se que em alguns setores cada funcionário ou aluno utilizava dez copinhos descartáveis por dia. A substituição por canecas, copos e xícaras duráveis resultou na redução do consumo e, conseqüentemente, na diminuição do lixo produzido. Mudanças de hábito como essa provocaram uma queda estimada em 50% na produção total de lixo só no campus de São Paulo.
Site : http://www1.an.com.br/recicle/3rec.htm
Reduzir, reutilizar, reciclar. Os princípios básicos para a minimização do lixo produzido nos meios urbanos começaram a ser difundidos no Brasil após a conferência mundial sobre meio ambiente realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) no Rio de Janeiro, em 1992. Ao contrário do que pode parecer, a mera utilização de materiais recicláveis não é uma "atitude ecológica" - uma embalagem de biscoitos, por exemplo, só é realmente reciclável se for encaminhada para a coleta seletiva e se houver tecnologia disponível para fazer o processamento. Por isso, a solução para o lixo urbano passa pelo princípio dos três Rs: reduzir o consumo e o desperdício, reutilizar os materiais e, por fim, reciclar.
Evitar a produção do lixo é mais ecológico do que reciclá-lo. A analogia é da bióloga Patricia Blauth, educadora ambiental do programa USP Recicla - que desenvolve atividades na área em diversos setores da Universidade de São Paulo (USP). "O programa questiona a apologia da reciclagem como solução para os males do consumismo contemporâneo", detalha Patricia. "Esse processo, quando desvinculado das noções de redução e de reutilização, pode servir para legitimar o desperdício", acrescenta.
Com o advento das embalagens descartáveis, como garrafas de refrigerante feitas com PET ou cervejas one-way, o consumo desse tipo de material passou a ser associado à praticidade e à higiene. Entretanto, países como a Inglaterra e a Dinamarca, além de outros ao Norte da Europa, voltam a adotar os recipientes retornáveis. "No Brasil as embalagens retornáveis sumiram das prateleiras dos supermercados. Os plásticos em geral costumam encalhar na reciclagem", afirma a educadora ambiental. Isso se deve principalmente à dificuldade na separação dos diversos tipos de plástico, o que dificulta que uma garrafa seja reciclada e se torne novamente uma garrafa. "A produção de novas garrafas continua dependendo da exploração de matéria-prima virgem", alerta. "Se podemos chamar alguma embalagem de 'ecológica', é a garrafa retornável, que pode ser usada várias vezes."
Patricia Blauth critica também o "terrorismo sanitário" dos dias atuais, que considera mais higiênico tudo que é descartável. "Essa idéia é falsa", enfatiza. No início da implantação do USP Recicla, em 1994, concluiu-se que em alguns setores cada funcionário ou aluno utilizava dez copinhos descartáveis por dia. A substituição por canecas, copos e xícaras duráveis resultou na redução do consumo e, conseqüentemente, na diminuição do lixo produzido. Mudanças de hábito como essa provocaram uma queda estimada em 50% na produção total de lixo só no campus de São Paulo.
Site : http://www1.an.com.br/recicle/3rec.htm
2 comentários:
Olá Juce
Parabéns pelo Blog. Continue com outras postagens.
Abraços
Luzia
É isso aí Juce, precisamos difundir esses princípios entre nossos familiares, amigos e alunos, para que possamos almejar um mundo melhor.
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